Quais os tipos de testes de software e por que automatizá-los?
Por que a testes de software é tão importante?
A fase de testes de software é essencial porque garante a qualidade, funcionalidade e segurança de um sistema antes de sua entrega final. Muitas vezes, essa fase se torna mais custosa do que o próprio desenvolvimento, especialmente em projetos complexos. O alto custo se deve à necessidade de identificar, corrigir e prevenir erros, falhas e defeitos que, se não tratados adequadamente, podem comprometer todo o projeto. Negligenciar os testes pode gerar custos ainda maiores após a implantação, incluindo perda de confiança do cliente, retrabalho e danos à reputação da empresa.
Tabela: Diferença entre Defeito, Erro e Falha
Termo | Definição | Exemplo |
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Erro | Ação ou omissão equivocada durante o desenvolvimento, causada por falha humana. | Um desenvolvedor digitar um valor incorreto no código. |
Defeito | Resultado do erro, que gera um comportamento inesperado ou indesejado no software. | Um botão que não realiza a ação correta devido ao código incorreto. |
Falha | Ocorre quando o sistema em produção apresenta um comportamento incorreto para o usuário final. | Um sistema trava ao processar uma grande quantidade de dados em tempo real. |
Níveis de Testes de Software
Os testes de software são divididos em diferentes níveis, cada um realizado em momentos específicos do ciclo de desenvolvimento:
- Testes Unitários: Realizados pelos próprios desenvolvedores durante a programação. Esse nível visa testar componentes individuais para garantir que funcionam isoladamente.
- Testes de Sistema: Feitos pela equipe de testes após a conclusão de uma etapa do desenvolvimento, verificando se o sistema como um todo atende aos requisitos.
- Testes de Integração: Envolvem equipes responsáveis pelos componentes que precisam interagir, às vezes com agentes externos (como APIs). Um exemplo é o processo de homologação com o Banco do Brasil, com quem a Shinier tem parceria após passar por seu longo processo de integração.
- Testes de Aceitação: Geralmente feitos com o cliente ou proprietário do produto, verificando se as funcionalidades entregues atendem às necessidades e expectativas.
Estratégias de Testes de Software
As estratégias de teste podem ser classificadas em diferentes abordagens, dependendo da finalidade e do momento em que são realizadas.
Dinâmico: O sistema é executado para identificar falhas em tempo real. Ele cobre uma ampla gama de cenários, mas pode ser mais custoso devido ao tempo necessário para testar.
Estático: Verificações são feitas sem executar o código, como revisões e análises estáticas. Esse método é mais barato, mas menos abrangente para identificar erros de execução.
Preventivo: Realizado antes da implementação para evitar falhas. Ele pode ser mais caro inicialmente, mas reduz drasticamente os problemas pós-implantação.
Reativo: Realizado após a identificação de falhas. Embora possa ser mais barato no início, pode resultar em custos maiores se falhas críticas não forem detectadas a tempo.
Caixa Branca: Testa a estrutura interna do código. Geralmente mais caro e complexo, mas garante a integridade do sistema.
Caixa Preta: Testa as funcionalidades sem conhecimento do código interno. É mais barato e rápido, mas pode não identificar falhas ocultas no código.
Caixa Cinza: Apesar de algumas pessoas usarem o termo para indicar uma combinação das duas abordagens, isso é incorreto. Na prática, quando ambas as estratégias são usadas, são dois testes distintos, com estratégias diferentes.
Métodos de Testes de Software
Os métodos de teste fornecem formas específicas de avaliar o sistema. Cada método cobre áreas distintas e ajuda a garantir que todas as funcionalidades sejam avaliadas adequadamente.
A imagem ao lado ilustra o passo a passo da preparação de uma pizza. Da mesma forma, os métodos de teste de software seguem etapas validadas e organizadas, garantindo que os processos sejam executados com excelência e precisão, permitindo que cada fase seja rigorosamente controlada e ajustada conforme necessário.
Passo a Passo: Avalia o sistema seguindo uma sequência lógica de ações. Ideal para cenários previsíveis e padronizados.
Pairwise: Testa várias combinações de entradas para identificar possíveis falhas na interação de dados. Importante para reduzir a quantidade de casos de teste.
Gráfico Causa e Efeito: Mapeia causas potenciais de falhas no sistema e os seus impactos. Essencial para entender os fatores subjacentes a falhas.
Classe de Equivalência: Testa entradas agrupadas por comportamento semelhante, reduzindo a quantidade de testes sem perder a eficácia.
Valores Limites: Verifica como o sistema lida com valores no limite de seus parâmetros. Crucial para garantir que o sistema responda adequadamente em cenários extremos.
12 Tipos de Testes de Software Mapeados pela Shinier
A Shinier mapeou 12 tipos de testes que cobrem as diferentes necessidades de um projeto de software:
Volume: Testa a capacidade do sistema de lidar com grandes quantidades de dados.
Estresse: Avalia o comportamento do sistema sob condições extremas.
Carga: Mede o desempenho com um número crescente de usuários.
Exploratório: Sem roteiro predefinido, busca encontrar falhas inesperadas.
Aceitação: Valida se o sistema atende às necessidades do cliente.
Desempenho: Avalia a rapidez e eficiência do sistema.
Confirmação: Verifica se uma falha corrigida não se repete.
Recuperação: Testa a capacidade do sistema de se recuperar de falhas.
Segurança: Avalia a proteção contra ameaças e vulnerabilidades.
Fumaça: Realiza verificações iniciais rápidas para garantir a estabilidade antes de testes mais profundos.
Funcional: Valida se o sistema atende aos requisitos funcionais.
Regressão: Testa se novas mudanças afetam funcionalidades previamente estáveis.
Expertise e Diagramação Exclusiva Shinier
A Shinier desenvolveu uma diagramação exclusiva para organizar e visualizar o processo de testes. Esta abordagem foi criada por nosso fundador ao longo de anos de experiência prática e aprimorada durante os cursos ministrados pela empresa. Essa metodologia inovadora garante que os testes cubram todas as áreas críticas de um sistema, proporcionando maior segurança, eficiência e qualidade ao produto final.
Referências
- PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software: uma abordagem profissional. 8. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2016. Este livro aborda o ciclo de vida de desenvolvimento de software, gestão de custos e as melhores práticas para garantir o sucesso de um projeto de software, incluindo testes. Amazon
- SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de Software. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2019 Sommerville é um dos livros mais completos sobre desenvolvimento de software, cobrindo desde análise de requisitos até os testes de software. Ele é uma referência amplamente utilizada em cursos e na indústria. UFU
- BROOKS, Frederick P. The Mythical Man-Month: Essays on Software Engineering. Anniversary ed. Boston: Addison-Wesley, 1995. Um clássico que explora a complexidade e os mitos associados ao desenvolvimento de software, incluindo discussões sobre testes. Ele é essencial para entender os desafios de grandes projetos de software. umich
- BOEHM, Barry W. Software Engineering Economics. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1981. Um dos primeiros estudos a relacionar custos, qualidade e esforço no desenvolvimento de software, ajudando a entender o impacto financeiro dos testes no ciclo de desenvolvimento. Amazon
- PINHEIRO, Maurício. Desenvolvimento de Aplicativos Móveis: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: LTC, 2018. Este livro é focado no desenvolvimento de aplicativos móveis e aborda, entre outros temas, os desafios dos testes em ambientes móveis. utfpr