3UNIVERSALIDADE: Os desafios de criar um aplicativo universal

Palavras-chave: Inclusão; Universalidade, Visibilidade

Marcius Leandro Junior, CEO SHINIER - 01/09/2021

No senso comum, a universalidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso e acesso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, é a condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. Pensar nesse conceito na hora de desenvolver um software e mais especificamente um aplicativo, é uma estratégia garantida de faturamento e fidelização, afinal 24% do índice demográfico inclui pessoas com algum grau de deficiência.

Qual o valor para criar um aplicativo?

Imagem de uma tela de celular exibindo um app

Um aplicativo de celular simples, com sistema de pagamento, e liberado para ambas as plataformas Android e IoS, consome de 100 a 900 horas para ser desenvolvido. E tem o custo aproximado entre R$ 8 mil e R$ 88 mil.

Aplicativos mais complexos podem custar entre R$ 150 mil e R$ 300 mil. Lembrando que esses valores são os gastos apenas com desenvolvimento da fase inicial do projeto, o que chamamos de MVP - Minimum Viable Product.

Um projeto pequeno demora de 3 a 6 meses e grandes projetos de 8 meses a 1 ano e meio. Mesmo em um projeto de 150 horas de trabalho, não é possível resolver em um mês, pois as etapas exigem interação de pessoas distintas e isso impacta na sequência contínua do projeto, além das fases de testes e correções.

Depois de pronto, o aplicativo ainda terá outros custos: manutenção e evolução iniciando em R$ 2 mil reais por mês. O custo de hospedagem em um servidor inicia em R$ 200 mensais. No caso de aplicativos complexos, ou com grande volume de uso e que vão exigir servidores mais potentes, o custo total pode variar entre R$ 1 mil a R$ 12 mil por mês.

Se o projeto de APP não der certo, dificilmente encontrará outro fornecedor disponível a continuar o projeto, pois é muito custoso e às vezes inviável trabalhar sobre algo feito da forma errada, ou com tecnologias que não são as escolhidas pelo desenvolvedor. É fundamental sentir confiança total na equipe que estará à frente do projeto antes da contratação.

Lembrem-se, um app é um software, não um site, e os desafios de se construir de forma universal são diferentes, iremos abordar ao longo desse artigo a importância da universalidade. E o quanto o valor investido é facilmente retornado.

Diferença entre acessibilidade e universalidade:

acessibilidade e universalidade

Acessibilidade se refere à possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

O princípio da universalidade assegura a todas as pessoas o acesso às prestações decorrentes dos serviços, o acesso às comodidades materiais decorrentes de tais prestações. Tal princípio traduz, assim, o dever de universalizar o acesso aos direitos fundamentais sociais concretizados mediante os serviços prestados, manifestando-se como condição de realização dos objetivos fundamentais previstos no seu projeto ou negócio.

Evolução das tecnologias assistivas

tecnologias assistivas

O termo tecnologia assistiva agrupa dispositivos, técnicas e processos que podem prover assistência e reabilitação e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência. A tecnologia assistiva promove maior independência, permitindo que as pessoas com deficiência executem tarefas que anteriormente não conseguiam ou tinham grande dificuldade em realizar por meio de melhorias ou de mudanças de métodos de interação com a tecnologia necessária para executar estas tarefas.

Os recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.

  • Recursos:Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente
  • Serviços: São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design, Técnicos e profissionais de muitas outras especialidades

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Pensar em inclusão dá lucro

lucro e inclusão

Numa empresa, o lucro se compara à alimentação de uma pessoa, se não o tiver, a empresa morre, mas esse não deve ser o objetivo simplório de um negócio. Ganhar dinheiro é consequência, não o ponto de partida, na ausência de um plano maior, o dinheiro do salário não compensa o sofrimento da jornada. Não se trata de pregar o conformismo, mas injetar propósito, uma verdadeira vocação.

Investir em acessibilidade vai muito além do lado social. É uma estratégia de negócio – e você deveria começar a pensar nela como tal. Com isso em mente, você perceberá que: a) você será capaz de atingir um público maior; b) você terá um belo material para divulgar para a imprensa e c) o seu produto ou serviço se tornará invariavelmente melhor para todos.

Para ficar mais claro, vou explicar um pouco melhor cada um dos três pontos:

Motivo 1: diversificar e expandir a sua clientela

Expandir a clientela

Se você não está investindo em deixar a sua empresa, o seu produto, o seu serviço ou o seu estabelecimento acessível, saiba que você está ignorando uma parcela do seu público alvo. É impossível você estabelecer um público alvo, seja por corte demográfico ou segmentação de interesses, que não contenha pessoas com deficiência. Isso porque elas representam 24% da população segundo IBGE 2010 - Nota técnica 01/2018, e assim como todo mundo, elas trabalham, têm vontades e desejos, consomem, têm poder de compra. Ou seja, você pode estar deixando de atender a 24% do seu público.

Ter um produto ou serviço acessível vai muito além de atender o seu público alvo em sua totalidade. Isso porque as pessoas conversam sobre o que consomem, indicam para os amigos, vão aos estabelecimentos acompanhados, etc. Fidelizar um cliente significa não apenas ganhar um defensor da marca, como também conquistar com ele todo o seu grupo social junto. E, boas notícias: as pessoas com deficiência tendem a se fidelizar às marcas que fazem produtos, serviços e publicidade acessíveis.

Motivo 2: investimento em acessibilidade gera mídia espontânea

Aparecer na mídia ainda é uma ótima maneira de divulgar o seu negócio. Mas para isso acontecer hoje em dia, neste mar de empreendimentos inovadores, você realmente precisa se destacar do mercado. Uma das maneiras de fazer isso é investindo em acessibilidade.

Imagine a manchete: “Empreendedor aumenta 24% do lucro ao investir em acessibilidade”. Você acha que isso não chamaria a atenção? E você poderia dizer como investir em acessibilidade mudou positivamente a cultura e os processos da empresa.

Se você estiver de fato (e corretamente) investindo em acessibilidade, não tem problema nenhum sair por aí falando sobre isso. Você não estará se aproveitando disso para se promover, você na verdade promoverá a acessibilidade no mundo. Ajudará a abrir os olhos das outras empresas do mesmo ramo que o seu (ou de outros também, esperamos) e ainda ganhará uma visibilidade que trará retorno para o seu negócio, seja financeiro ou de reconhecimento da marca.

Motivo 3: acessibilidade não é só para pessoas com deficiência – e ela vai melhorar o que você tem a oferecer

qualidade e universalidade

Como explicamos acima o conceito de universalidade. Criar uma embalagem que pode ser aberta com apenas uma das mãos não atenderá apenas a uma pessoa com deficiência, mas também atenderá aquele que está usando o celular e quer abrir a embalagem, ou alguém que está puxando uma mala de rodinhas pelo aeroporto. Pensando assim, este produto além de ser inclusivo, também seria melhor para todos.

Quanto mais maduro fica o seu negócio em relação a universalidade, mais você começa a se aproximar de um cenário onde a acessibilidade deixa de ser uma busca por solução de problemas e passa a fazer parte da sua cultura e das suas práticas. Você não precisará mais se preocupar se está ou não fazendo “o suficiente”, pois estará fazendo algo acessível do início ao final do seu processo.

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Por que contratar uma software-house?

Mão de obra especializada: Se dentro da sua empresa não tem uma equipe especializada em desenvolvimento, muito menos em desenvolver tecnologia para aplicativos, ao contratar uma software house você conta com uma gama de profissionais capacitados:

  • Desenvolvedores Sênior, plenos e junior;
  • Especialização técnica para a solução desejada;
  • Engenheiros de Software.

Ausência de vínculo trabalhista: Isto é, toda a parte de contratação e investimento em ferramentas fica por conta da agência, deixando você livre para a administração do seu negócio, um exemplo dos processos que são facilitados são:

  • Contrato pelo projeto;
  • Suporte sob demanda;
  • Ausência de processo seletivo;
  • Ausência de encargos.

Redução de custos: Parece contraditório, mas o investimento mensal com uma agência é bem menor do que montar uma equipe especializada e que fique à disposição da empresa, isso se dá através de:

  • Procedimentos detalhados pela empresa de desenvolvimento;
  • Equipe atualizada com o que há de mais novo de solução tecnológica;
  • Validação e Garantia da solução entregue;
  • Contrato fechado pelos requisitos levantados ou proporcional às horas trabalhadas.

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Referências

  • BRASIL. Decreto 6.949, de 25 de Agosto de 2009. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/20099decreto/d6949.htm Acesso em: 01 de Novembro de 2021
  • Censo Demográfico 2010 - Nota técnica 01/2018 - Releitura dos dados de pessoas com deficiência no Censo Demográfico 2010 à luz das recomendações do Grupo de Washington